Conselheiros

Profissão Solene

No dia 18 de agosto de 2024, durante a Celebração Eucarística presidida pelo Núncio Apostólico em Moçambique, Mons. Luís Miguel Muñoz, na presença do Custódio da Custódia Autônoma de Santa Clara de Asís, Frades moçambicanos comprometeram-se a ingressar definitivamente na Ordem dos Irmãos Menores através da Profissão Solene. O evento contou com a presença de vários irmãos, familiares de professos, amigos e fiéis da paróquia de Santo António de Polana, em Maputo. Durante a homilia, o Núncio recordou a natureza da vocação franciscana, que é “uma vocação de fraternidade, de comunidade, de vida em comum” e prosseguiu dizendo que deve ser alimentada na oração, na escuta à Palavra e aos sacramentos. «Se você não comer seu Corpo e beber seu Sangue, isto é, se você não se alimentar de Cristo na oração, na Palavra e nos sacramentos todos os dias, você começará a perder peso espiritual aos poucos e poderá adoecer de anemia espiritual e até morrer por dentro.

O Custódio agradeceu aos pais e às famílias por “educarem estes jovens na fé” e, dirigindo-se aos neoprofessos, continuou: “Quero assegurar-lhes que a alegria que expressamos neste dia representa uma humilde aceitação e gratidão pelas maravilhas que Deus está trabalhando na vida de cada um de vocês: a sua dedicação é uma mais-valia para a vida da Ordem. Parabéns!”

Atualmente, a Custódia Autônoma de Santa Clara de Assis em Moçambique, que remonta a 1898, conta com 99 irmãos: 2 bispos, 57 professos solenes, 37 professos temporários e 5 noviços.

Frei Rito Manuel Trigo

31 anos, é natural de Nampula. Depois de concluir os estudos secundários, ingressou na Casa de Formação San Antonio de Chimoio em 2012 e professou em 16 de janeiro de 2017. Estudou Filosofia e Ética no Instituto Superior María Madre de África em Maputo de 2017 a 2021. Atualmente, estuda o segundo ano da licenciatura em Engenharia Agronómica em Manica.

Frei Manuel Luís Muavenche

35 anos, é natural de Nampula. Foi admitido na Casa de Formação Santo Antônio em 2013. Fez a primeira profissão em 16 de janeiro de 2018. Fez estudos filosóficos na Universidade São Boaventura, em Lusaka, Zâmbia, de 2018 a 2021. Concluiu o curso franciscano. Ano em 2022 e actualmente frequenta o curso de Engenharia Agronómica em Chimoio.

Frei Domingos Assique Salange

30 anos, é natural de Cuamba (Niassa). Ingressou no Seminário de Santo António de Chimoio em 2012. Fez a primeira profissão em 16 de janeiro de 2018. Estudou Filosofia na Universidade de São Boaventura em Lusaka e completou o Ano Franciscano em 2022. Atualmente cursa o terceiro ano de Teologia no Seminário Interdiocesano São Pio X de Maputo.

Frei Armando Damião

38 anos, nasceu em Chimoio. Ingressou no Seminário Propedêutico Franciscano de Santo António do Chimoio em 2013. Fez os primeiros votos no dia 16 de janeiro de 2018. Estudou Filosofia na Universidade de São Boaventura, em Lusaka. Comemorou o Ano Franciscano em 2022. Atualmente cursa o terceiro ano de Teologia no Seminário Interdiocesano São Pio X, em Maputo.

Ordenação sacerdotal do Frei Joaquim Floriano José

No dia 8 de Setembro foi ordenado o Frei Joaquim Floriano José, nas mãos de Dom Diamantino Guapo Antunes, Bispo da DIocese de Tete. Estiveram presentes na ordenação o Frei Lage Nhampoca Luis Afonso, Custódio, Frei Miguel Benjamim, delegado da fraternidade onde o Frei Jaoquim vive atualimente, Frei Agostinho Matlavele, Secretarios entre outros frades que o acompanharam neste momento especial.

Mais um sacerdote na nossa Ordem e em especial na nossa Custódia. O frei Joaquim está alocado atualmente na Fraternidade Nossa Senhora de Imaculada Conceição em Inhambane. Segundo o comunicado, o frei Joaquim já está transferido para o Seminário Santo António de Chimoio, sua nova fraternidade.

Palavras do Custódio durante a Assembleia Custodial

Frei Lage Nhampoca Luis,

Custódio

Na sessão da abertura da Assembleia da Custódia, o Frei Lage Nhampoca Luis, iniciou por saudar e desejar boas vindas a todos os participantes e em especial saudou delegado do ministro geral, Frei Isidro Lamelas, que depois da visita as fraternidade, conseguiu ter uma imagem clara sobre a nossa custódia. Também agradeceu ao dom Adriano Langa, bispo emérito da Diocese de Inhambane. Pela sua presença, e por ter conseguido participar em quase todos secções.

O Custódio, frei Lage Nhampoca, Frisou que os irmãos vieram com algum conhecimento do que vínhamos tratar. E Estava entusiasmado, também com esperança pelos passos trilhados até agora. Dizia também que a elevação de estatuto da custódia para província, não se devia ver apenas pelos números, mas que seria uma oportunidade para viver o carisma franciscano com qualidade.

No encerramento da Assembleia, o Custódio disse que cada irmão, devia sair desta assembleia com ideia de fazer esforço, empenho e sentido de pertença. A Custódia somos todos nós. E não uma instituição a parte. As linhas finais que foram aprovadas, reanimam, encorajam, e fazem nos perceber que temos mente, coração e coragem para caminhar.

Como recomendação, o custódio admoestou o seguinte: não desanimar. O caminho faz-se caminhando. E o primeiro caminho é jesus. Caminho, verdade e vida. A fraternidade é lugar de crescimento e de ajuda mútua.

Reunidos na “terra de boa gente”, na diocese “franciscana” de Inhambane, os irm’aos da Cust[odia Aut[onoma de Santa Clara de Assis, quiseram fazer desta Assembleia um momento de avaliação da Custódia e revisão de vida, para podermos todos caminhar com passo mais firme rumo ao Capítulo celebrativo da nova Província, em Julho de 2025.

No final, mais do que apresentar conclusões, queremos formular o COMPROMISSO de nos empenharmos todos em trabalhar com as mãos, a mente e o coração, para crescermos e melhorarmos, mormente nos campos em que ainda estamos mais carenciados com vista à nova Provincia

Especialmente durante este ano que nos levará ao nosso primeiro Capítulo Provincial, queremos caminhar todos juntos e jubilosos, na fé da Igreja (Jubileu de 2025), no carisma de Francisco e Clara (Estigmas), subindo o nosso Alverne de uma maior identificação com Cristo, mas Também fazendo nosso o Cântico das Criaturas (2025), num empenho cada vez maior com o cuidado da “Casa comum” e dos irmãos que que o Senhor nos dá. 

1. Estamos celebrando a nossa Assembleia da Custódia como também uma forma de prepararmos o nosso capítulo para o ano 2025 em iremos celebrar o grande jubileu de transição da Custódia para Provincia. Que observação faz? 

1. Assembleia é sempre um grande acontecimento porque realmente nos une a todos e por isso nos traz muito de alegria, de convívio e de reflexão importantes para a nossa vida. A ideia da provincia é um momento para nós darmos graças ao Senhor e juntos com a Ordem encontraros o nosso caminho e missão no mundo. É uma responsabilidade para nós e por isso temos que ganhar confiança.

2. Frei Gilberto, passou mais que a metade da sua vida em Moçambique e já desempenhou diversos cargos. Qual é a observação que faz da realidade da vida da nossa Custódia?

Eu acho que agora tenho que descansar, depois destes últimos anos, em Pretória. Sempre me senti dentro da custódia, em comunhão, não estou isolado. Portanto, sinto-me acompanhado com todos. Eu acho que nestes últimos anos houve um grande crescimento. O atual governo está a assumir, que realmente dá uma garantia de futuro. Por isso sinto-me consolado, nos momentos em que eu estou praticamente a terminar a minha missão aqui em Moçambique, eu me sinto realmente confortado e agradecido, 

Frei Edson Nhatuve

1. Esta assembléia está indo bem, na minha maneira de ver. É um momento muito importante na nossa vida, mas como qualquer entidade da nossa ordem, temos sempre este momento todos os anos para podermos parar e avaliar as nossas atividades.

Este é um passo decisivo na transição da custódia autónoma para a província. Em primeiro lugar, gostaria de dizer que desde que nos tornamos autónomos em 2005, foi um momento muito importante que mostrou o crescimento desta entidade. Passámos a viver como província, o que uma província faz na sua entidade, o que estávamos a fazer. Estamos a crescer não só em número, mas também no que é a expansão da nossa evangelização nesta vasta missão.

Quanto aos desafios, eu diria que são normais e devemos contar sempre com eles. A convivência fraterna faz parte da nossa vida, mas temos que saber que temos uma missão a que somos chamados. É verdade que enfrentamos dificuldades económicas. Devemos acima de tudo, concentrar a nossa atenção no que é a própria vida,

Frei Costa Pedro

À primeira vista pode parecer uma Assembleia que cai na rotina anual em que nós nos encontramos para refletir sobre a nossa vida e também ver o que é que podemos fazer amanhã. Mas eu sempre acredito que todas as vezes que nos encontramos, a motivação é sempre a mesma. Procurarmos exatamente saber o que é que Deus através do nosso seráfico, o Pai São Francisco, os caminhos que devemos percorrer e como percorrer. Um dos elementos importantes já que está sendo tratado na Assembleia é exatamente a futura província da nossa custódia, essa mudança para a província. O que é que tem a dizer com isso? Eu achei interessante a afirmação que o delegado do ministro Israel fez.

Nós partimos para a nova província com confiança sim, mas também com temor, porque não sabemos exatamente o que é que nos pode acontecer amanhã. Mas já é bom partirmos com confiança e tudo que possa vir a surgir no futuro saberemos enfrentar com esta mesma confiança não em nós próprios, mas naquela que está na origem de todas as coisas que dizem respeito ao seu reino e também ao carisma franciscano.

Frei Jorge Bender

1. Vemos muitas luzes ou brotes de vida, brotes verdes, como por exemplo a abundância de vocações, uma melhor organização, a formação, as fraternidades bem constituídas, a abertura de novas presenças em Micutcué, etc. Portanto, há signos de esperança que permitem sonhar com numa província fecunda e ampla.

Falar de conviivência fraterna é falar de coisas muito essenciais, que são um núcleo da nossa experiência franciscana, da vida fraterna. Sempre temos que seguir crescendo e penso que devemos aprofundar os laços, os vínculos fraternos e os gestos do perdão, da reconciliação, da abertura, penso que são os signos mais importantes.